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sexta-feira, 25 de março de 2011

La niña

Efeito La Niña










Você agora deve estar pensando. Ora, La Niña, como é o oposto, ou seja, é o resfriamento das águas do Oceano Pacífico Equatorial, então os efeitos são exatamente opostos !

NÃO É BEM ASSIM !!!!!

O termo La Niña ("a menina", em espanhol) surgiu pois o fenômeno se caracteriza por ser oposto ao El Niño. Pode ser chamado também de episódio frio, ou ainda El Viejo ("o velho", em espanhol). Algumas pessoas chamam o La Niña de anti-El Niño, porém como El Niño se refere ao menino Jesus, anti-El Niño seria então o Diabo e portanto, esse termo é pouco utilizado. O termo mais utilizado hoje é: La Niña

Anomalia de temperatura da superfície do mar em dezembro de 1988.
Plotados somente as anomalias negativas menores que -1ºC. Dados cedidos
gentilmente pelo Dr. John Janowiak - CPC/NCEP/NWS/NOAA-EUA.
Para entender sobre La Niña, vamos retornar ao nosso "modelinho" descrito no item sobre El Niño. Imagine a situação normal que ocorre no Pacífico Equatorial, que seria o exemplo da piscina com o ventilador ligado, o que faria com que as águas da piscina fossem empurradas para o lado oposto ao ventilador, onde há então acúmulo de águas.

Voltando para o Oceano Pacífico, sabemos que o ventilador faz o papel dos ventos alísios e que o acúmulo de águas se dá no Pacífico Equatorial Ocidental, onde as águas estão mais quentes. Há também aquele mecanismo que citei anteriormente, o qual é chamado de ressurgência, que faz com que as águas das camadas inferiores do Oceano, junto à costa oeste da América do Sul aflorem, trazendo nutrientes e que por isso, é uma das regiões mais piscosas do mundo. Até aqui tudo bem, esse é o mecanismo de circulação que observamos no Pacífico Equatorial em anos normais, ou seja, sem a presença do El Niño ou La Niña.

Pois bem. Agora, ao invés de desligar o ventilador, vamos ligá-lo com potência maior, ou seja, fazer com que ele produza ventos mais intensos. O que vai acontecer?

Vamos tentar imaginar?

Com os ventos mais intensos, maior quantidade de água vai se acumular no lado oposto ao ventilador na piscina. Com isso, o desnível entre um lado e outro da piscina também vai aumentar. Vamos retornar ao Oceano Pacífico.

Com os ventos alísios (que seriam os ventos do ventilador) mais intensos, mais águas irão ficar "represadas" no Pacífico Equatorial Oeste e o desnível entre o Pacífico Ocidental e Oriental irá aumentar. Com os ventos mais intensos a ressurgência também irá aumentar no Pacífico Equatorial Oriental, e portanto virão mais nutrientes das profundezas para a superfície do Oceano, ou seja, aumenta a chamada ressurgência no lado Leste do Pacífico Equatorial.Por outro lado, devido a maior intensidade dos ventos alísios as águas mais quentes irão ficar represadas mais a oeste do que o normal e portanto novamente teríamos aquela velha história: águas mais quentes geram evaporação e consequentemente movimentos ascendentes, que por sua vez geram nuvens de chuva e que geram a célula de Walker, que em anos de La Niña fica mais alongada que o normal. A região com grande quantidade de chuvas é do nordeste do Oceano Índico à oeste do Oceano Pacífico passando pela Indonésia, e a região com movimentos descendentes da célula de Walker é no Pacífico Equatorial Central e Oriental.

É importante ressaltar que tais movimentos descendentes da célula de Walker no Pacífico Equatorial Oriental ficam mais intensos que o normal o que inibe, e muito, a formação de nuvens de chuva.

Em geral, episódios La Niñas também têm freqüência de 2 a 7 anos, todavia tem ocorrido em menor quantidade que o El Niño durante as últimas décadas. Além do mais, os episódios La Niña têm períodos de aproximadamente 9 a 12 meses, e somente alguns episódios persistem por mais que 2 anos.

Outro ponto interessante é que os valores das anomalias de temperatura da superfície do mar (TSM) em anos de La Niña têm desvios menores que em anos de El Niño, ou seja, enquanto observam-se anomalias de até 4, 5ºC acima da média em alguns anos de El Niño, em anos de La Niña as maiores anomalias observadas não chegam a 4ºC abaixo da média.

Episódios recentes do La Niña ocorreram nos anos de 1988/89 (que foi um dos mais intensos), em 1995/96 e em 1998/99. "

Fonte: www.cptec.inpe.br

Efeito La Niña

É o oposto do El Niño, ou seja, um fenômeno que ocorre nas águas do pacífico equatorial e altera as condições climáticas de algumas regiões do mundo. Se caracteriza pelo resfriamento anômalo da superfície do mar na região equatorial do centro e leste do pacífico. A pressão na região tende a aumentar e uma das conseqüências é a ocorrência de ventos alísios mais intensos. Tem duração de aproximadamente de 12 a 18 meses.

Efeitos da La Niña no Brasil

No Brasil este fenômeno causa menos danos que o El Niño, porém alguns prejuízos são registrados em cada episódio. Como conseqüência da La Niña, as frentes frias que atingem o centro-sul do Brasil tem sua passagem mais rápida que o normal e com mais força. Como as frentes tem mais força a passagem pela região sul e sudeste é rápida não acumulando muita chuva e a frente consegue se deslocar até o nordeste. Sendo assim a região nordeste, principalmente o sertão e o litoral baiano e alagoano, são afetados por um aumento de chuvas o que pode ser bom para a região semi árida, mas causa grandes prejuízos a agricultura. O norte e leste da Amazônia também sofrem um grande aumento no índice pluviométrico.

Na região centro-sul há estiagem com grande queda no índice pluviométrico, principalmente nos meses de setembro a fevereiro e no outono as massas de ar polar chegam com mais força. Como conseqüência o inverno tende a chegar antes e já no outono grandes quedas de temperatura são registradas, principalmente na região sul e em São Paulo. No ultimo episódio La Niña em 1999 fortes massas de ar polar atingiram a região sul causando neve nas regiões serranas e geadas em toda a região já em abril. Para se ter uma idéia, normalmente em abril registra-se geadas apenas nas regiões serranas. Nevar é normal apenas após o mês de maio e no norte do Paraná as geadas só costumam ocorrem a partir de junho. Mas apesar de um mês de abril e maio frio, o inverno não foi tão frio quanto o esperado apresentando-se com temperaturas normais. Na região sudeste também o outono foi com temperaturas mais baixas.

Fonte: www.climabrasileiro.hpg.ig.com.br

segunda-feira, 21 de março de 2011

Notícias do Meio Ambiente - SEMEAR Começa os trabalhos de desassoreamento de rios em Lorena Rio Mandi foi o primeiro canal a receber os serviços 24/01/2011

A Prefeitura de Lorena, em parceria com o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), começou na manhã desta segunda-feira, 24/01, os trabalhos de desassoreamento de cinco rios na cidade.

O primeiro canal a receber a ação foi o Mandi, com máquinas alugadas pela prefeitura fez toda a limpeza lateral, para depois a Drag-line cedida pelo DAEE retirar todo o entulho do fundo do rio.

O mesmo foi escolhido primeiro devido à quantidade de água que o mesmo solta no Bairro Vila Brito, em época de chuva.

Uma Drag-line é usada no rio mandi, a máquina começou os trabalhos hoje, mas a ação já é realizada a cerca de 20 dias. Além do Mandi, o Quatinga, o Paraibinha, o Taboão e o São João, todos na região urbana do município irão receber o serviço de desassoreamento.

A Limpeza foi autorizada pelo DAEE, por meio de outorga, que farão a remoção de entulhos e de outros materiais, que atrapalham o curso das águas.

Duas máquinas foram cedidas para auxiliar na ação, sendo uma drag-line e uma S-90. A Drag-line ficará responsável apenas pela limpeza do rio Mandi, uma retro escavadeira será utilizada na limpeza do Paraibinha, já a S-90 fará o trabalho em outros três rios.

“Este serviço irá ajudar na prevenção de alagamentos em Lorena, nós não queremos que aconteça em nossa cidade desastres como os que estão ocorrendo no Brasil e até mesmo nas cidades vizinhas”, explicou o secretário-adjunto de Meio Ambiente, Mauro Sérgio Azevedo.
A autorização do desassoreamento dos rios foi publicada no diário oficial, na última quinta-feira, 20/01.

A administração municipal é responsável pelo combustível para os equipamentos e a mão-de-obra. Os trabalhos no rio Mando devem durar mais 20 dias, e em seguida outro rio, a ser definido pela Semear receberá a ação.

Bruna de Paula
Estagiária de Jornalismo
Secretaria de comunicação

Notícias do Meio Ambiente - SEMEAR Lançada a primeira Cartilha de Conscientização Ambiental de Lorena

Material conta com 20 páginas feitas em papel reciclável
22/02/2011


Lorena lança a primeira Cartilha de Conscientização Ambiental no município. O material foi produzido pela Prefeitura de Lorena, por meio da Secretaria de Meio Ambiente (SEMEAR), em parceria com 12 empresas de iniciativa privada, que custearam a impressão total de oito mil exemplares do documento.

O projeto teve início no ano passado, quando o Conselho Ambiental se reuniu com representantes na SEMEAR, para que todo o processo de participação do município fosse realizado.

A cartilha foi elaborada pela Secretaria de Meio Ambiente, onde todos os conteúdos do caderno são de autoria da Prefeitura. Já a captação de recursos, arte e impressão ficaram por conta do Conselho Ambiental, principalmente o de fazer levantamentos de empresas participantes que se dispuseram a serem parceiras do projeto.

O caderno conta com 20 páginas e impresso em papel reciclável e que aborda temas como: Programa Adote uma Praça que estabelece convênio com indústrias, comércios, igrejas, associações civis, tendo a finalidade de promover a conservação e a manutenção das praças públicas da cidade; Principal Legislação Ambiental do Município, curiosidades sobre a coleta seletiva e o lixo eletrônico, entre outras.

Além disso, o material traz informações importantes sobre o Licenciamento Ambiental Municipal (LICAM), que visa diversos benefícios, uma vez que simplifica e agiliza a emissão de licenças ambientais para o funcionamento de empreendimento no município. Lorena é atualmente o primeiro município do Vale do Paraíba e Litoral Norte a possuir autonomia para a realização dos serviços.

De acordo com a assessora administrativa e bióloga da pasta, Mariana Siqueira, as cartilhas serão entregues em escolas municipais e particulares, empresas amigas do projeto, departamentos da Prefeitura e em eventos que a SEMEAR participa e promove. “Este material veio para reforçar os trabalhos e projetos realizados na cidade, sensibilizando assim a população sobre a conscientização ambiental local”,informou.
A assessora Mariana Siqueira, ainda ressalta que as cartilhas foram de custo zero pela Prefeitura, concretizada pela participação dos patrocinadores.

Colaboradores:
A Cartilha de Conscientização Ambiental foi patrocinada pelas seguintes empresas: YAKULT S/A Indústria e Comércio , AVIBRAS- Industria Aeroespacial, LORENPET, Cooperativa de Laticínios de Lorena e Piquete /LORENVALE, ASCONTEC- Indústria e Comércio de Abrasivos LTDA, Central de Minérios de Lorena Ind.E.Com. LTDA, TECNOVAL- Laminados Plásticos, ORICA MINING SERVICES, AGIMIX- Areia, Pedra e Terra, PINHAL- Madeireira e Serraria, NEXANS Brasil LTDA e SAINT-GOBAIN-ABRASIVES .

Fabíola Nascimento
Estagiária de Jornalismo
Secretaria de Comunicação
22/02/2011

21/03/2011 10h42 - Atualizado em 21/03/2011 10h49 Comissão da CNEN definirá normas para desativar usinas nucleares Diário Oficial divulgou portaria que autoriza o projeto. Grupo terá 12 meses para concluir o trabalho.

O Diário Oficial da União divulgou nesta segunda-feira (21) uma portaria que define a criação de uma comissão de estudos para criar normas sobre a desativação de usinas nucleares no Brasil. O grupo terá um prazo de 12 meses para o projeto.
A portaria foi autorizada pelo presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) Odair Dias Gonçalves no dia 18 de março.
A portaria surge após um acidente nuclear na usina de Fukushima Daiichi no Japão, causada por um terremoto de magnitude 9 que levou ao comprometimento de 4 reatores nucleares. O desastre foi classificado pelas autoridades japonesas como nível 5 na escala Ines, usada pela Agência Internacional de Energia Atômica (AEIA) para informar sobre a gravidade de acidentes nucleares.

Usinas nucleares do Brasil terão segurança testada, afirma Lobão Segundo o ministro, esse processo não paralisará as obras para a construção de Angra 3 17 de março de 2011 | 18h 22

Eduardo Rodrigues e Renata Veríssimo, da Agência Estado
BRASÍLIA - O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou nesta quinta-feira, 17, que, devido ao risco de desastre nuclear que está se desenhando no Japão, todas as usinas nucleares brasileiras passarão por um rigoroso teste de segurança, realizado por técnicos da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e da Eletronuclear.

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"No momento, vamos fazer uma avaliação, assim como os outros países também estão fazendo. O objetivo é testar a nossa segurança", disse Lobão, ao deixar o Ministério da Fazenda.
Segundo ele, esse processo não paralisará as obras para a construção da usina de Angra 3. Questionado sobre a continuidade do programa nuclear brasileiro e os planos de construção de quatro novas usinas, Lobão apenas disse que, no momento, os testes têm prioridade.

O ministro também afirmou que não haverá mudanças para os produtores de urânio no País. Segundo ele, o governo continuará garantindo a produção sem prejuízo para quem encontrar urânio.

domingo, 20 de março de 2011

“A cidade ideal é compacta” POR FABÍOLA ORTIZ, EM 16.03.11

Uma cidade não pode se expandir predatoriamente, defende Sir Richard Rogers, 78, um dos reformuladores da arquitetura contemporânea e ganhador do prêmio Pritzker de 2007, considerado o Nobel da Arquitetura. Autor de grandes obras, seu projeto mais famoso é o Centro Pompidou, em Paris. Outros incluem também o arranha-céu Lloyd em Londres, o Terminal 4 do Aeroporto Barajas, em Madri, e a Torre 3 de reconstrução do World Trade Center, em Nova York. Rogers é um dos grande críticos do modelo de expansão predatória das cidades. A cidade ideal é compacta, branda como lema. O arquiteto ítalo-britânico defende a reinvenção da cidade densa sob uma perspectiva de sustentabilidade ambiental, que valorize em primeiro lugar o cidadão. Acredita que essa é a maneira de superarmos o abismo entre ricos e pobres e de diversificar os usos do espaço público, onde vida, trabalho e lazer estejam juntos e não dispersos. O conceito-chave é criar a cidade policêntrica e conectada.

No Rio de Janeiro, Richard Rogers falou ao ((o))ecocidades, em entrevista exclusiva, após o evento ‘As Cidades Somos Nós – Desenhando a mobilidade do futuro’, promovido pelo ITDP (em português, Instituto de Políticas de Transportes e Desenvolvimento).



((o))eco — Qual o desafio das grandes metrópoles, inclusive as brasileiras, no século 21?

A sustentabilidade ambiental e as mudanças climáticas são pontos críticos para a nossa sobrevivência. Todos concordamos que, se continuarmos nesse caminho, não haverá mais humanidade. Estamos no mesmo barco. A cidade é uma forma do desenvolvimento do homem. Ela permite o encontro entre pessoas para trocas de ideias, intercâmbio de cultura e de negócios. Hoje, pela primeira vez a maior parte da população mundial vive nas cidades. Há 100 anos, 10% das pessoas viviam nas cidades, agora são 50% e chegaremos a 80% nos próximos 30 anos. É uma mudança enorme que nos obriga a otimizar as cidades.

((o))eco — Quais são os principais problemas a ser atacados?

Por exemplo, aqui no Brasil há uma forte separação espacial entre ricos e pobres. Isso é inaceitável e a busca de um espaço público de qualidade deveria ser lei. Ele é um direito, assim como o acesso à água potável e ao lazer em áreas verdes. Os pobres devem também viver próximos aos centros urbanos e não nos arredores e periferias. No Rio de Janeiro, por exemplo, de um lado estão as favelas onde as pessoas tem medo de entrar e, de outro lado, há ricos vivendo protegidos por prédios murados. Essa estrutura é decorrente da cultura local. Conectar as cidades e os bairros, além do espacial, tem sentido social. Em Londres, defendemos a ideia de construir em áreas abandonadas e/ou degradadas, preservando as verdes. Ou seja, o objetivo deve ser adensar e transformar áreas de baixo desenvolvimento.

((o))eco — Por que evitar o espraiamento urbano?

Antes que se avance sobre o cinturão verde, é preciso fazer a cidade funcionar bem. No transporte, isso significa empoderar o ciclista, o pedestre e o usuário de transporte público. Cidades como Los Angeles, nos Estados Unidos, onde todos se locomovem de carro, produzem 10 vezes mais emissões de CO2 do que outras, como Amsterdam, na Holanda, compacta e rica em opções de transporte público. Essa vantagem também se traduz em economia energética. Destaco dois pontos: o governo deve intervir para impedir a separação entre pobres e ricos. O segundo é não separar as atividades em setores. Quer dizer, buscar a mistura de moradia, trabalho e lazer. O zoneamento é perigoso. Ter um centro comercial de um lado e casas de outro, como Brasília, obriga a fazer tudo de carro.

((o))eco – Qual é o caminho para uma cidade sustentável?

O primeiro passo é reduzir o nível de CO2 e há muitas maneiras de fazê-lo. Começa por comer alimentos produzidos localmente. Não é preciso enviar abacates e papaia da América do Sul, num navio, para consumidores em outros países, distantes 10 mil milhas. A energia para se consumir o que se planta localmente é menor do que a energia demandada para enviar de navio. Outra medida é usar energia limpa nos edifícios. É possível ter outros sistemas de refrigeração além do ar-condicionado. Na mesma linha, podemos aderir à energia solar para ferver água na cozinha e tomar banho. E temos também a opção do vento. Na Dinamarca quase toda a energia vem de parques eólicos. Nosso principal combustível, o petróleo não é taxado corretamente. A energia eólica só é mais cara porque não se taxa os efeitos nocivos do combustível fóssil. Quem polui deve pagar.


((o))eco — É importante criar e planejar edifícios levando em conta o aquecimento global?

O aquecimento global é crítico, temos que leva-lo em conta inclusive no projeto dos espaços públicos e de convivência. Flexibilidade e adaptabilidade são pontos-chaves. Gosto desses conceitos. Frequentemente construímos algo sem saber que, no futuro, será usado e ocupado de outra forma da planejada originalmente.

((o))eco — O senhor defende o uso de tecnologia de ponta na construção civil como ferramenta de sustentabilidade?

O termo comum é high-tech, mas prefiro usar ‘tecnologia apropriada’. Hoje, estamos cercados de tecnologia, é a característica do nosso tempo. Por isso é importante usar o que temos de melhor nos projetos sustentáveis. Afinal, a arquitetura se resume a solução de problemas de um ambiente, colocando como condição central o bem-estar das pessoas.

((o))eco — Por que uma cidade mais compacta pode ser também menos agressiva ao ambiente?

Uma cidade compacta funciona melhor e tem mais potencial ecológico do que outra espalhada horizontalmente. Veja as cidades japonesas, por exemplo. Claro que a verticalização tem seus próprios problemas e não é a única forma de adensar. É preciso estar no chão também. Na Europa, a cidade mais densamente povoada é Barcelona, na Espanha, e seus prédios têm no máximo oito andares. Ela é bem planejada, eficiente e provê espaço para todos.


((o))eco — O senhor tem interesse em desenvolver projetos para cidades brasileiras?

Conheço o ex-prefeito de Curitiba, Jaime Lerner. Somos amigos há pelo menos 15 anos e sei que posso aprender com os projetos que mudaram o uso do espaço público naquela cidade. Nessa minha estada no Brasil vou à Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. Adoraria fazer projetos aqui. É um grande país, cheio de cultura própria. O carnaval, por exemplo, é uma demonstração de arquitetura, um ramo que se dedica a pensar a relação entre pessoas e o ambiente, o espaço. Minha equipe trabalha principalmente em Londres, mas também na França, Espanha, e outros países da Europa. Há dois anos, com a crise econômica, começamos a olhar para fora e para o Oriente. Fomos à Malásia, Singapura, Hong Kong e Taiwan. Descobri um mundo novo. Meu escritório de arquitetura está mais espalhado. Não firmamos ainda o pé no Oriente Médio, mas já estamos na Turquia e Líbano. Comecei o percurso para fora da Europa seguindo a rota de Marco Pólo. Agora, quero percorrer a de Cristóvão Colombo. Já temos projetos no México e nas cidades de Bogotá, Colômbia, e Nova York, EUA

sábado, 19 de março de 2011

Se Programe para a semana

Agora: 19º C Nublado Parece: 19 º C

Umidade: 88 % Vento: 8 km/h / S Visibilidade: 4.8 quilômetros

Sábado
março 19

Chuva
22 º / 18 º
Domingo
março 20

Chuva
21 º / 18 º
Segunda-feira
março 21

Chuvas repentinas
22 º / 18 º
Terça-feira
março 22

Chuvas repentinas
24 º / 18 º
Quarta-feira
março 23

Tempestade
26 º / 19 º
Quinta-feira
março 24

Tempestade
27 º / 18 º
Sexta-feira
março 25

Tempestade
27 º / 18 º

Caracterização Bacia Hidrografica

Manejo de Bacias Hidrográficas
1. Definição e Caracterização Fisiográfica de Bacias Hidrográficas
Bacia hidrográfica é a porção do terreno delimitada por um divisor de água de tal sorte que o escoamento superficial gerado em seu interior drenará por um uma saída, denominada exutório
divisor
exutório
a bacia hidrográfica é uma das unidades ideais de planejamento e gestão ambientais, uma vez que os processos hidrológicos ali ocorrentes podem ser manejados de maneira ótima
micro-bacia hidrográfica é a unidade espacial mínima do sistema hidrográfico, e deve ser delimitada obedecendo a lógica da dinâmica e da conformação da rede fluvial à qual está ligada
pequena X grande bacia: pequena bacia é aquela onde o volume de água armazenado nos canais é insignificante relativamente ao volume total nela escoado (Chow, 1964)
a nível de planejamento e gestão, a micro-bacia deverá ter uma área que possibilite um manejo integrado do solo e recursos hídricos, atingindo as diferentes escalas geográficas (gleba, propriedade, bacia) e esferas administrativas (social, política, e econômica)
sub-
bacia
(micro-bacia)
bacia
geralmente, esta área situa-se entre 500 e 5.000 ha (Morgan, 1986)
a morfologia influência de forma significativa a resposta hidrológica da bacia hidrográfica
os fatores morfológicos mais importantes são:
a) Área: afeta diretamente o deflúvio.
Q
(m3/s)
A (ha)
b) Formato: em bacias circulares o deflúvio o pico é atingido mais cedo que em bacias mais alongadas
Circular Alongada
qp qp
t t
O Índice de Circularidade (Miller, 1953), ajuda a classificar as bacias em função do seu formato. Este índice é definido por:
onde A = área da bacia (km2)
p = perímetro da bacia (km)
c) Densidade de drenagem (Horton, 1932): reflete o tipo de clima, cobertura e permeabilidade do solo e rocha
onde L = comprimento dos canais (km)
A = área da bacia (km2)
para bacias de mesma área, Dd tc (tempo de concentração)
ordenamento de drenagem de Strahler:

Programa de manejo de bacias hidrograficas

Programa Gestão Pública e Cidadania
Projeto de Recuperação, Conservação e Manejo dos Recursos Naturais em Microbacias Hidrográficas
Antonio José Faria da Costa
Versão em formato PDF
finalistas do ciclo de premiação 1999
Originalmente publicado em: Novas Experiências de Gestão Pública e Cidadania Marta Ferreira Santos Farah e Hélio Batista Barboza (orgs.)
Copyright © Marta Ferreira Santos Farah e Hélio Batista Barboza
Direitos da edição reservados ao Programa Gestão Pública e Cidadania Av. 9 de Julho, 2029 2º andar da Biblioteca 01313-902 São Paulo SP Tel: (11) 3281-7904 / 3281-7905 Fax: (11) 287-5095 E-mail: inovando@fgvsp.br http://inovando.fgvsp.br Impresso no Brasil / Printed in Brazil Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação do copyright (Lei no 5.988) 1ª edição 2000 Revisão dos originais: Friedrich Gustav Schmid Jr. Editoração eletrônica: Jayr Ferreira Vaz Revisão: Aleidis de Beltran e Fatima Caroni Produção gráfica: Helio Lourenço Netto Capa: Tira Linhas Studio Versão gráfica em formato PDF: Liria Okoda
Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca Mario Henrique Simonsen/FGV Novas Experiências de Gestão Pública e Cidadania/ Organizadores: Marta Ferreira Santos Farah, Hélio Batista Barboza Rio de Janeiro : Editora FGV, 2000. 296 p. (Coleção FGV Prática) Inclui bibliografia. 1. Políticas públicas Brasil. 2. Administração pública Brasil. I. Farah, Marta Ferreira Santos. II. Barboza, Hélio Batista. III. Fundação Getulio Vargas. IV. Série. CDD-353
Projeto de Recuperação, Conservação e Manejo dos Recursos Naturais em Microbacias Hidrográficas
URUPEMA (SC)
Antonio José Faria da Costa1
Introdução
Degradação e perda de solo e nutrientes devido à erosão. Baixa produtividade das lavouras. Comprometimento, pela poluição ambiental, de 85% dos recursos hídricos. Presença de parasitas intestinais em 60% dos estudantes da área rural. Rios, lagunas e lagoas assoreados. Enchentes. Essa era a situação alarmante que imperava no Estado de Santa Catarina no final da década de 80. Para evitar que voltassem a ocorrer catástofres como as enchentes de 1983 e 1984, foi implantado em 1991 o Projeto de Recuperação, Conservação e Manejo dos Recursos Naturais em Microbacias Hidrográficas, também conhecido como Projeto Microbacias/BIRD. O Projeto procurou recuperar as áreas degradadas, conservar as que permaneciam intocadas e empregar métodos mais racionais de manejo dos recursos naturais. Fruto do empenho de técnicos e agricultores catarinenses, bem como dos recursos e do compromisso assumido pelo governo estadual e pelo Banco Mundial, o Projeto Microbacias objetivou
1. Pós-graduando em Administração Pública e Governo da Fundação Getúlio Vargas e presidente da Associação SOS Rio Pomba, na cidade de Dona Euzébia-MG.
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controlar a poluição no espaço rural. Buscou também promover o desenvolvimento sustentável da agricultura, por meio de práticas adequadas de manejo do solo e da água, visando aumentar a renda e melhorar a qualidade de vida da população rural. Sua estratégia baseou-se no aumento da cobertura vegetal, no controle do escoamento superficial das águas da chuva e na melhoria da estrutura física dos solos. O trabalho de conservação do solo e da água em Santa Catarina tradicionalmente utilizava as unidades de planejamento convencionais, como a propriedade e a comunidade. No entanto, esses limites não coincidem com os limites naturais. O planejamento ambiental por microbacia hidrográfica, por outro lado, apresenta a vantagem de concentrar as ações numa área geográfica definida previamente com o auxílio de cartas topográficas e delimitada pelos divisores de água, que são os topos dos morros, de onde fluem as águas da chuva para as partes mais baixas do terreno, formando os cursos d água. Nas microbacias estão localizadas as nascentes dos córregos, que compõem, junto com os rios dos quais são tributários, o sistema de drenagem de uma determinada região. Assim, as intervenções no nível da microbacia visam atenuar os impactos gerados pela ação humana nas cabeceiras dos rios, como forma de beneficiar tanto a população da área rural, quanto as populações das cidades, geralmente localizadas a jusante das bacias. As microbacias hidrográficas muitas vezes transcendem os limites político-administrativos que separam os municípios, englobando vários deles. Por isso, o manejo dos recursos naturais tomando a microbacia como unidade de planejamento tem sido centralizado e gerenciado por órgãos públicos estaduais ou por consórcios intermunicipais de recursos hídricos. No caso de Santa Catarina, a iniciativa partiu da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural e Agricultura (SDA), inspirada pelo trabalho que já vinha se realizando no Estado vizinho, o Paraná, desde 1980. Na bacia do rio Itajaí-Açu, área mais afetada pelas enchentes e onde está localizada a cidade de Blumenau, foram selecionados, em 1984, três municípios para se iniciarem os trabalhos. No ano seguinte, o atendimento se estendeu a mais 14 municípios. Em 1987, com a criação do Programa Nacional de Microbacias Hidrográficas pelo Ministério da
Agricultura, os trabalhos foram ampliados para 68 municípios. A aprovação do Projeto Microbacias pelo Banco Mundial, em julho de 1991, garantiu a projeção dos trabalhos para todo o Estado. Com recursos totais de US$ 71,6 milhões, dos quais US$ 33 milhões financiados pelo Banco Mundial e US$ 38,6 milhões de contrapartida do governo estadual, o projeto tinha como meta o gerenciamento de 520 microbacias, ao longo de oito anos. Ao final do projeto, em 1999, 534 microbacias foram trabalhadas, 105.444 agricultores assistidos, e 44.015 propriedades foram planejadas pelos extensionistas rurais.
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Pequeno histórico da degradação ambiental As enchentes ocorridas em meados da década de 80 foram o alar-
me natural de que a situação do meio ambiente era crítica. Enquanto outras regiões já enfrentavam conflitos decorrentes da escassez de água e poluição de mananciais, os catarinenses até então ignoravam a gravidade do problema. O pujante setor agroindustrial e alimentício no oeste, a exploração de carvão mineral no sul e a indústria têxtil no norte eram motivo de orgulho e símbolos do desenvolvimento alcançado. Os indicadores sociais destacavam Santa Catarina como um dos Estados de melhor qualidade de vida do país. No entanto, a colonização do Estado e a conquista do Oeste ocorreram à custa de intenso desmatamento de suas reservas florestais nativas. Estima-se hoje que existem apenas 6% das florestas nativas, contra 85% que haviam no início da colonização. Além disso, a maior parte das terras é cultivada, embora as características topográficas e geomorfológicas do território catarinense que contribuem para definir a aptidão natural dos solos determinem que apenas 30% de sua área seja apta para as culturas de ciclo anual. Com base no conceito de aptidão natural dos solos, os técnicos construíram uma classificação de uso das terras no Estado de Santa Catarina, tendo sido estabelecidas cinco classes de aptidão num contínuo que vai das áreas de preservação permanente às áreas boas para culturas anuais, permitindo o mapeamento completo dos conflitos entre o uso atual e o uso adequado do solo.
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A atividade agrícola acontece com grande freqüência por causa da fertilidade natural do território, apesar da ocorrência de solos pedregosos, pouco profundos e com elevada declividade. Some-se a tais características a inadequação do sistema convencional de preparo da terra, com o uso de arados, grades e enxadas rotativas, que provoca a eliminação da cobertura do solo, a pulverização de sua camada superficial e a compactação da camada abaixo da profundidade de preparo, impedindo a infiltração da água. O resultado são as elevadas taxas de erosão: a perda média da camada superficial dos solos em Santa Catarina é estimada em 15 cm. Enquanto o sistema convencional de preparo do solo, a topografia acidentada e a coincidência de chuvas no período de semeadura das culturas de verão provocavam erosão, os sedimentos das lavouras carregados pela chuva, por sua vez, causavam o assoreamento dos reservatórios, córregos e rios. Não bastassem os danos decorrentes da agricultura (como a poluição por agrotóxicos e sedimentos em suspensão), os metais pesados, o lixo urbano e os efluentes domésticos e industriais comprometiam quase totalmente os recursos hídricos no território catarinense. Por outro lado, a opção de desenvolvimento impulsionado pela agroindústria, que na região do oeste catarinense utiliza o sistema integrado de produção suinocultor-indústria, povoou o Estado com um rebanho de milhões de suínos. A organização da criação de porcos como atividade econômica rentável para o pequeno proprietário, entretanto, não foi acompanhada pelo monitoramento dos danos ambientais. De fato, o potencial de poluição do esterco de suínos é enorme, seja em volume (equivalente ao de dez pessoas), seja em demanda biológica de oxigênio DBO (equivalente à dos dejetos de 100 pessoas). Considerando que em 1993 o rebanho era estimado em 2,8 milhões de cabeças, o volume de dejetos produzidos era equivalente a uma população de 28 milhões de pessoas e à DBO de 280 milhões de pessoas! Além de provocar várias doenças intestinais na população rural e aumentar os custos do tratamento da água para consumo humano, a poluição gerou mais um grave desequilíbrio ambiental e um sério problema de saúde pública: a proliferação do mosquito conhecido como
borrachudo . Os restos de sangue e dejetos de suínos lançados diretamente nos córregos não só serviam de alimento às larvas do inseto, como também diminuíam a presença do oxigênio na água e causavam a morte dos peixes, que originalmente se alimentavam dessas larvas. O incômodo das picadas dos insetos diminuía o ritmo de trabalho dos agricultores, a qualidade do ensino nas escolas rurais e até a produtividade dos animais.
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Gerenciamento, recursos e parcerias Devido à sua amplitude e envergadura, o Projeto Microbacias foi
segmentado em oito componentes, a fim de se garantir a implementação efetiva de cada atividade. Segue abaixo uma descrição sucinta de cada componente e os recursos repassados a cada um:
Pesquisa Agropecuária: Consistiu na execução de vários experi-
mentos envolvendo as atividades de uso e manejo do solo, engenharia agrícola, agrometeorologia, produção de sementes básicas de adubos verdes, essências florestais, cultivo integrado de suínos e peixes, sistemas de rotação de culturas e pesquisas com hortaliças. US$ 6,63 milhões.
Mapeamento, Planejamento e Monitoramento do Solo: Defi-
nição de critérios, parâmetros e metodologia para o inventário de terras em microbacias hidrográficas. Realização de pesquisas para o mapeamento dos solos, de forma a subsidiar o planejamento de sua utilização. Produção de mapas temáticos de uso e aptidão das terras, bem como a identificação dos conflitos de uso. US$ 4,69 milhões.
Extensão Rural: Planejamento de propriedades e prestação de
assistência técnica na execução das ações definidas no plano de conservação do solo para as propriedades e microbacias. Assessoria na organização dos agricultores e em sua participação nas Comissões de Microbacias. US$ 20,97 milhões.
PROSOLO Programa de Incentivo ao Manejo do Solo e da Água e Controle da Poluição: Concessão de incentivos financeiros aos
agricultores para o desenvolvimento de atividades e investimentos nas microbacias: cultivo em curvas de nível, cordões vegetais e de pedras, terraços, construção de bioesterqueiras (para armazenamento dos
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dejetos de suínos e seu aproveitamento futuro como fertilizantes em lavouras e pastagens), reflorestamento e aquisição de sementes para a adubação verde. US$ 8,78 milhões.
Controle de Erosão ao Longo das Estradas: Correção e recupe-
ração das estradas vicinais de forma a conter a erosão provocada pela chuva. Em alguns casos, o trajeto das estradas sofreu alterações para se adequar às práticas de conservação do solo. O projeto é de responsabilidade do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e a execução da obra fica a cargo de empresas privadas contratadas mediante um processo de licitação. A seleção dos trechos a serem recuperados conta com a participação das Comissões de Microbacias e da comunidade beneficiada, dos técnicos da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e das Secretarias de Transporte e Obras das Prefeituras Municipais. US$ 15,92 milhões.
Desenvolvimento Florestal e Proteção dos Recursos Naturais:
Desenvolvimento de programas de expansão da área reflorestada. Incentivo à criação de viveiros públicos e particulares. Promoção de ações de fiscalização da legislação ambiental. Esse componente também incluiu a proteção e administração de dois parques e reservas biológicas do Estado, com obras de infra-estrutura. US$ 4,73 milhões.
Administração, Monitoramento e Avaliação: Gestão do projeto
e avaliação permanente. Monitoramento da qualidade da água e dos solos nas microbacias. Realização de análises dos níveis de nitrato, fósforo, oxigênio dissolvido, sedimentos em suspensão, coliformes fecais, grau de acidez (ph) da água, e quantidade e intensidade de chuva e vazão dos rios das microbacias. US$ 5,28 milhões.
Treinamento e Marketing: Treinamento e capacitação perma-
nente de técnicos dos órgãos públicos e privados, bem como dos produtores rurais, visando à adoção de práticas conservacionistas de recuperação e manejo dos recursos naturais. Divulgação do projeto nos meios de comunicação (rádio, jornal e tevê). US$ 1,61 milhões. O Projeto Microbacias envolveu quatro Secretarias de Estado na sua execução:
A Secretaria do Desenvolvimento Rural e da Agricultora (SDA)
é a principal entidade gestora do projeto. Nela está localizada a Secre-
taria Executiva do Projeto, responsável pela coordenação geral, pelo marketing e pelo relacionamento com os gerentes setoriais e regionais de cada Componente. A Secretaria Executiva é responsável ainda pela gestão dos recursos do PROSOLO e pela organização dos treinamentos. A execução de vários Componentes também está a cargo de três empresas vinculadas à SDA: a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), que é responsável por três Componentes: Pesquisa, Mapeamento e Extensão Rural; a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), que executa o Componente Reflorestamento; o Instituto de Planejamento Agrícola de Santa Catarina (Icepa), que cuida do Componente Avaliação.
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A Secretaria da Fazenda é responsável pelo fluxo financeiro entre o Tesouro do Estado e o Banco Mundial e pelo repasse de recursos à Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agrícola.
A Secretaria do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente,
por meio da Fundação de Amparo à Tecnologia e ao Meio Ambiente (Fatma), é responsável pelo Componente Aplicação e Fiscalização da Legislação Ambiental e pelo Componente Proteção de Parques e Reservas Biológicas.
A Secretaria de Transportes e Obras, por meio do Departamento de
Estradas e Rodagens (DER), é responsável pelo Componente Estradas. Além desses órgãos, a quem coube a responsabilidade pelo gerenciamento do Projeto, outras entidades da sociedade civil, bem como as prefeituras e uma universidade participaram da execução de algumas atividades. Os Sindicatos das Indústrias de Carne (Sindicarne) e de Fumo (Sindifumo) contribuíram para o trabalho de extensão rural por meio de seus técnicos, que prestam assistência aos produtores filiados a esses sindicatos. As prefeituras municipais participaram do componente Estradas e também firmaram convênios com a Epagri para a contratação de engenheiros agrônomos que atuam no componente Extensão Rural . A Universidade Federal de Santa Catarina participou do componente Pesquisa , do apoio aos trabalhos de mapeamento e do desenvolvimento de máquinas e equipamentos adaptados à pequena propriedade.
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Etapas de implantação e funcionamento do projeto A experiência prévia no gerenciamento de microbacias durante a
segunda metade da década de 80 foi fundamental para a implementação do Projeto, a partir de 1991. Durante aquele período, várias pesquisas na área de solos e plantas de cobertura já vinham se desenvolvendo. Estabeleceu-se uma metodologia para a setorização e priorização das bacias hidrográficas, municípios e microbacias a serem trabalhadas, visando identificar as situações críticas e direcionar as ações em função de parâmetros bem definidos. Esses parâmetros incluíam a importância da bacia para o abastecimento urbano, a irrigação e a produção agrícola; o estágio de erosão dos solos; o grau de intervenção da população rural sobre o meio ambiente e o nível de poluição dos solos e da água no meio rural. Feita a seleção das microbacias, o passo seguinte foi reunir, em cada município, as lideranças políticas locais e as secretarias municipais para explicar os objetivos e metas do Projeto. Como o sucesso do programa dependia diretamente da adesão dos agricultores dentro das microbacias (pelo menos 70% dos proprietários deveriam se predispor a adotar as ações preconizadas), seguiram-se as reuniões com os agricultores nas respectivas comunidades. Foram criadas, então, Comissões de Microbacias por comunidades e Comissões Municipais de Microbacias para apoiar a implantação do programa nos municípios. As Comissões de Microbacias participaram da elaboração do plano simplificado de microbacias e das decisões sobre as ações locais, bem como do acompanhamento e da fiscalização da aplicação dos incentivos criados pelo PROSOLO. Colaboraram ainda na definição dos trechos de estradas a serem corrigidos e recuperados para conter a erosão. Além dessas Comissões, os agricultores receberam incentivo para formar grupos de vizinhos. Organizados dessa forma, obtiveram acesso aos recursos financeiros, priorizados para atividades coletivas: reflorestamento, execução de obras nas propriedades (curvas de nível, sistemas de terraceamento, bioesterqueiras) e aquisição de sementes para adubação verde. Nessa fase ainda se realizaram excursões para as áreas já trabalhadas, com o objetivo de demonstrar os resultados alcançados e conven-
cer os produtores da necessidade de se desenvolverem ações integradas. A iniciativa privada (indústria fumageira, agroindústrias alimentícias, etc) apoiou a realização de seminários e treinamentos de agricultores nos Centros de Treinamento da Epagri e nas comunidades. Assim, os agricultores puderam conhecer as técnicas conservacionistas vegetativas de cobertura permanente do solo e os sistemas de preparo reduzido. O chamado cultivo mínimo evita o revolvimento do solo. Já o plantio direto mantém o solo totalmente coberto com a palhada restante do plantio de espécies empregadas para a adubação verde. Também aprenderam a fazer o terraceamento e a empregar cordões vegetais e de pedra. Extensionistas rurais e extensionistas sociais tiveram papel destacado na organização dos agricultores e nas fases de planejamento e execução das ações. No modelo de gerenciamento por microbacias hidrográficas, eles atuam como agentes catalisadores, promovendo o envolvimento da comunidade local da microbacia. Os extensionistas rurais coletaram dados e informações econômicas e sociais e elaboraram, em conjunto com os proprietários, o Plano Individual de Propriedade (PIP), por meio do qual foram planejadas as ações no nível da propriedade. Além disso, orientaram os agricultores nas reuniões comunitárias e intemediaram a solicitação de financiamentos para a execução das obras. As extensionistas sociais, por sua vez, trabalharam na melhoria da qualidade de vida das famílias rurais e no apoio à agricultura familiar, orientando as esposas dos agricultores sobre a nutrição e sobre atividades complementares de geração de renda, como a confecção de biscoitos e de doces caseiros. Atuaram ainda no saneamento ambiental das propriedades e de seus arredores. Os extensionistas rurais e sociais realizaram também um importante trabalho de educação ambiental nas escolas municipais. A organização de gincanas envolvendo um grande número de estudantes funcionou, por exemplo, como um laboratório para a discussão sobre o problema do lixo e como aquecimento para a implantação da coleta seletiva nos municípios.
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Fatores de inovação A utilização da microbacia hidrográfica como unidade de planeja-
mento já é por si só um fator de inovação e desafio na gestão pública e no manejo dos recursos naturais. A popularização de técnicas conservacionistas, como o cultivo mínimo e o plantio direto, e do controle da poluição hídrica, como a integração entre suinocultura e piscicultura e a construção de bioesterqueiras, são práticas preconizadas por vários autores. Do mesmo modo, defende-se a necessidade de saneamento ambiental das propriedades rurais, com a construção de fossas sépticas e a proteção das fontes de água. No entanto, os agentes públicos oferecem resistência a essas práticas, seja por falta de competência técnica, seja pela crença de que tais ações caibam exclusivamente aos proprietários rurais. O oferecimento de informação e de recursos financeiros a fundo perdido, como incentivo à adoção de práticas conservacionistas e de reflorestamento, demonstram como se pode melhorar a aplicação dos recursos públicos em benefício da população rural e, indiretamente, da população dos centros urbanos. De maneira mais direta, a população dos grandes centros beneficiou-se, por exemplo, do trabalho de educação ambiental realizado nas microbacias das áreas de entorno dos parques e reservas estaduais. Além desse trabalho, o Projeto Microbacias agilizou também a resolução de conflitos dentro da área do Parque Estadual Serra do Tabuleiro, na Grande Florianópolis. Para isso, apoiou o desenvolvimento da agroecologia (que dispensa agrotóxicos e adubos industriais) por associações de pequenos produtores que já habitavam a região do Parque antes de seu estabelecimento legal. As hortaliças produzidas segundo os princípios da agroecologia têm uma demanda crescente na capital e os agricultores compreendem cada vez mais a importância da sua união tanto para aprimorar a qualidade dos produtos oferecidos no mercado, quanto para garantir a qualidade da água que abastece a região da capital e municípios vizinhos. Na área rural, o Projeto Microbacias representou um marco ao promover a participação dos agricultores na definição e implementação das políticas. A possibilidade de se adquirirem máquinas e equipamentos
para uso coletivo funcionou como incentivo à organização dos pequenos proprietários em grupos de vizinhos e em Comissões de Microbacias. As Comissões participaram da organização de ações comunitárias, como a formação de mutirões para o controle do borrachudo . Na definição dos trechos de estradas a recuperar, a participação dos agricultores foi fundamental para evitar que houvesse ingerência política e garantir que as decisões se baseassem tanto em critérios técnicos quanto nos interesses explicitados pela comunidade, uma vez que são os agricultores os principais beneficiados pelas ações. Hoje, em alguns municípios, os agricultores já são maioria nos fóruns de discussão de políticas públicas mais amplas, como os Conselhos de Desenvolvimento Rural. As recomendações de novas práticas de manejo e recuperação do solo preconizadas pelo Projeto Microbacias a partir de 1991 estimularam ainda o surgimento de uma indústria voltada ao desenvolvimento de máquinas e equipamentos específicos para pequenas propriedades. Segundo o Instituto de Planejamento Agrícola de Santa Catarina (Icepa), responsável pela avaliação dos vários componentes do projeto, a indústria catarinense de máquinas e equipamentos agrícolas empregados no cultivo mínimo e no plantio direto fatura cerca de US$ 4 milhões de dólares e gera mais de duzentos empregos diretos.
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Resultados e impactos ambientais, econômicos e sociais Se do alto dos morros temos uma visão panorâmica do trabalho
desenvolvido nas microbacias hidrográficas, ao visitarmos uma propriedade compreendemos a dimensão da mudança de comportamento dos produtores em relação aos recursos naturais. O sucesso do planejamento segundo critérios conservacionistas pode ser ilustrado por uma pequena propriedade que visitamos, em Lindóia do Sul. Num espaço de pouco mais de dois hectares distribuíam-se, em faixas, a mata nativa, uma área de reflorestamento e uma área agricultável e de pasto. A mata nativa localizava-se no topo do morro. Logo abaixo estava a área de reflorestamento, ocupada com eucalipto para fins comerciais. A faixa seguinte, em torno da casa, contava, no inverno, com uma cobertura de aveia preta e nabo forrageiro,
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que servem de adubação verde e de alimento para o gado. Ao lado da casa encontrava-se a pocilga e, abaixo desta, a bioesterqueira, onde se realizava o tratamento dos dejetos de suínos. Após o período de fermentação, os dejetos eram distribuídos pelo terreno, para adubação. As poucas cabeças de gado ficavam confinadas num pequeno espaço, delimitado por cerca elétrica. Conforme a época do ano, remanejava-se o gado para outra área, não cultivada naquele momento. O proprietário, juntamente com seus dois filhos, se mostrava muito motivado com o planejamento realizado sob orientação dos técnicos da Epagri. Havia um controle estrito dos custos da produção e da produtividade alcançada, seja na lavoura, seja no trato com o gado e com os suínos. Por sua vez, a esposa do proprietário também contribuía para a complementação da renda da propriedade, com a venda de produtos artesanais como queijo, biscoitos e doces caseiros. Após oito anos de funcionamento, o Projeto Microbacias ultrapassou suas metas. Em relação aos impactos ambientais e econômicos podemos destacar:
a diminuição sensível dos índices de erosão, por meio da cobertura permanente do solo com espécies apropriadas;
a alteração da relação do agricultor no trato com a terra, com a
implantação das técnicas de plantio direto e cultivo mínimo, que contribuíram também para humanizar seu trabalho, pois reduziram o sofrimento imposto aos homens e animais pelo sistema convencional de preparo do solo;
a fixação dos jovens na área rural, que se sentiram motivados e
passaram a planejar, juntamente com seus pais, a organização da produção na propriedade;
o aumento da produtividade das lavouras e a redução dos custos
de produção com insumos;
o incentivo ao planejamento do uso do espaço nas propriedades
de acordo com a aptidão natural dos solos;
a promoção e o incentivo à criação de viveiros públicos e particulares para reflorestamento de espécies nativas e exóticas, sinalizando uma nova fonte de renda para o produtor;
o controle da poluição dos recursos hídricos por meio de ações vari-
adas, (como a construção de bioesterqueiras, a implantação de saneamento básico na área rural, a proteção das fontes de água e a construção de depósitos para lixo tóxico) visando reduzir o impacto do lançamento dos dejetos humanos e animais in natura nos corpos d água. Mas ainda há um outro tipo de resultado difícil de quantificar. Trata-se da mudança de comportamento dos agricultores para com a terra e os rios, que contribuiu para transformar sua relação com os recursos naturais. A equipe técnica do Projeto reconheceu em vários documentos a dificuldade que os agricultores tinham para se organizar em grupos, talvez em decorrência da própria estrutura fundiária dominante no Estado: as propriedades de até 50 hectares constituem quase 90% dos estabelecimentos rurais. Para obter algum lucro da terra, os produtores devem trabalhar intensamente, empregando exclusivamente mãode-obra familiar, o que reforça um certo individualismo. Os incentivos do Projeto Microbacias à associação dos produtores para aquisição de máquinas e equipamentos de uso coletivo (componente PROSOLO ) resgatou o antigo espírito de solidariedade das comunidades rurais, fazendo ressurgir as Associações de Moradores e ampliando a participação nos Conselhos de Microbacias e Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural. Para os extensionistas (rurais e sociais), o Projeto Microbacias ofereceu uma oportunidade de capacitação e revalorização, pois esses técnicos passaram a atuar, na expressão de vários deles, segundo um novo paradigma . O Projeto levou-os a fazer uma autocrítica e a reorientar suas atividades, para que reconhecessem o saber acumulado pelos agricultores e voltassem a dialogar com eles.
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Considerações finais Quando avançamos rumo a oeste do Estado de Santa Catarina,
penetrando no Planalto Ocidental, que domina a maior parte de seu território, encontramos uma infinidade de morros e vemos, aqui e ali, as araucárias remanescentes do desmatamento predatório promovido pelos primeiros colonizadores. No entanto, podemos notar que muito
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verde ainda domina a paisagem. As áreas utilizadas para os cultivos anuais, que durante o inverno ficam em repouso, estão devidamente cobertas com plantas usadas para a adubação verde. Essas plantas não só contribuem para manter o solo protegido como também fornecem uma alternativa de pastagem para o gado leiteiro. Se, por um lado, o sucesso do Projeto dependia da adoção pelos agricultores das práticas conservacionistas de manejo do solo e da água, por outro lado também se deve creditar grande parte deste sucesso à administração e coordenação das ações pela Epagri. O órgão estadual foi o responsável pela maior parte das ações desenvolvidas. Reconhecida pela prestação de serviços às comunidades rurais, a Epagri se destaca dentre as empresas públicas catarinenses pela qualidade de seu corpo técnico, formado por profissionais concursados e titulados. Seja pelo investimento em pesquisas e publicações científicas, seja pela seriedade do trabalho de monitoramento dos solos e água, ou mesmo pelo trabalho de extensão rural e treinamento do pequeno produtor, a Epagri tem no reconhecimento dos agricultores uma comprovação do seu mérito. Pode-se relativizar esse mérito diante do considerável montante de recursos envolvido, sem o qual o Projeto Microbacias poderia ficar comprometido. É preciso, porém, considerar a escassez de informações acerca da situação dos recursos naturais do Estado de Santa Catarina antes da implementação do Projeto. Por isso, somente os componentes Pesquisa e Mapeamento dos Solos consumiram, juntos, quase US$ 9 milhões. Outra conquista do Projeto Microbacias foi convencer os agricultores de que suas práticas de trato com a terra eram insustentáveis, por levarem ao total esgotamento de um solo que levou 6 mil anos para se formar. A busca do desenvolvimento econômico a todo custo comprometeu seriamente a qualidade e a disponibilidade dos recursos naturais não-renováveis e a ausência de monitoramento e caracterização dos impactos ambientais estava inviabilizando a manutenção do estilo de vida na área rural. Uma vez que as práticas conservacionistas se difundiram, a sustentabilidade do Projeto está garantida, pelo menos no que diz respeito ao controle da erosão. Mesmo com esses avanços, é necessário reconhecer que embora seja
grande o número de mulheres agricultoras no Estado de Santa Catarina, o Projeto deu pouca atenção às questões de gênero. As atividades desempenhadas pelas extensionistas sociais com as donas de casa apenas reforçam a divisão tradicional de tarefas. Apesar de ações bem intencionadas, visando diversificar a qualidade nutricional das refeições com a sugestão de receitas que incorporavam o pescado nos hábitos alimentares da população rural, ou mesmo com o aproveitamento da produção da propriedade em queijos, doces e biscoitos caseiros, a mulher tendia a ficar relegada aos afazeres domésticos. Em todo caso, com a implantação das práticas de cultivo mínimo e plantio direto, o serviço na roça se tornou menos penoso e as mulheres afirmam que a situação é melhor porque lhes sobra mais tempo para cuidar da casa e da horta e para participar das atividades comunitárias (como de clubes de mães e dos conselhos pastorais comunitários). Além disso, muito ainda precisa ser feito com relação à poluição dos recursos hídricos. Apesar da diminuição do lançamento de dejetos sem tratamento nos cursos d água, ainda são preocupantes a elevada concentração de suinocultores no Oeste Catarinense e a existência, na exploração suinícola, de muitas propriedades sem sistema de controle de água. Se a declividade acentuada em algumas propriedades inviabiliza a lavoura, talvez fosse necessário repensar a ocupação do solo nessa região, substituindo a suinocultura por outras alternativas de geração de renda menos nocivas ao meio ambiente, como a piscicultura, por exemplo. Por fim, as microbacias hidrográficas se mostraram, no caso de Santa Catarina, como as unidades ideais de planejamento e manejo racional dos recursos naturais. Seria o caso de refletirmos sobre a possibilidade de reprodução, em outras regiões do país, dos mecanismos empregados. A diversidade física e geográfica do Brasil nos força a considerar a necessidade de critérios e metodologias de intervenção adequados às características sócio-ambientais e econômicas de cada região. Em áreas mais densamente povoadas, os Comitês de Bacia Hidrográfica e Agências de Água talvez possam ser a solução mais efetiva. Os Consórcios Intermunicipais de Recursos Hídricos, por sua vez, também têm se constituído como importantes fóruns de discussão sobre as ações a serem implementadas.

O papel da tecnologia da informação (TI) na estratégia das organizações

Pertenece a: SciELO Brasil - Scientific Electronic Library Online

Descripción: Há uma grande expectativa acerca das aplicações da Tecnologia da Informação (TI), que possibilitam novas alternativas de estratégias de negócios e novas possibilidades para as organizações, como é o caso do "e-business". Contudo, há também um grande questionamento sobre os reais ganhos advindos dos investimentos em TI. Um enfoque centrado unicamente na eficiência das aplicações de TI não permite responder estas questões. Para avaliar os impactos da TI nas operações e estratégias das organizações, é necessário que haja foco na sua eficácia, i.e., nos resultados advindos das aplicações da TI em relação aos objetivos, metas e requisitos destas organizações. A eficácia deve ser mantida ao longo do tempo e, para este fim, é fundamental o conceito de Alinhamento Estratégico entre a TI e o negócio. O presente estudo apresenta uma análise comparativa dos diversos trabalhos que abordam o papel da TI nas organizações. Com base numa revisão bibliográfica elabora-se um quadro teórico que procura elucidar os principais pontos que transformam a TI numa real ferramenta de competitividade para as organizações.


Autor(es): Laurindo,Fernando José Barbin - Shimizu,Tamio - Carvalho,Marly Monteiro de - Rabechini Jr,Roque -